A eflorescência, uma patologia frequentemente observada no cimento, manifesta-se pelo surgimento de manchas brancas, conhecidas como depósitos cristalinos esbranquiçados, comprometendo a estética do revestimento.
Com o intuito de prevenir a infiltração, é imperativo proceder à revisão da aplicação dos rejuntes e à substituição das peças danificadas.
Essa problemática surge quando os sais solúveis presentes no cimento são transportados pela água utilizada durante a construção, ou por infiltrações, através dos capilares do concreto e da argamassa até a superfície. Ao entrar em contato com o ar, esses sais solidificam-se.
A solução para a eflorescência envolve a aplicação de novos rejuntes para assegurar a vedação completa dos espaços. Adicionalmente, peças danificadas ou trincadas precisaram ser substituídas, visto que tais defeitos proporcionariam vias de entrada para a água, bem como para a saída dos sais após a evaporação. A garantia de que todas as partes precedentes ao porcelanato estivessem secas no momento da aplicação foi crucial para o sucesso do procedimento.
Para prevenir ou reduzir a ocorrência da eflorescência, é fundamental controlar pelo menos um destes fatores: a percolação de água, a relação água/cimento ou a quantidade de sais livres no cimento. A prevenção inclui evitar que a água percorra facilmente pelos capilares do concreto, evitando fissuras desnecessárias, controlando a relação água/cimento da mistura ou identificando fluxos de água até então desconhecidos no concreto.
Uma alternativa viável é a utilização de cimentos com elevadas adições de pozolana, como é o caso do CP IV, que possui de 15 a 45% de adições. Além de conter menos clínquer e, consequentemente, menos sais livres, a sílica presente na adição consome o hidróxido de cálcio responsável pela eflorescência. Esses cimentos contribuem para aumentar a resistência mecânica do concreto.
Em casos específicos, as manchas de eflorescência podem ser parcial ou totalmente removidas através da limpeza com uma solução branda de ácido muriático. No entanto, é crucial realizar um teste de agressividade em uma pequena área do revestimento antes da aplicação. Ao empregar essa substância, a formação de carbonato de cálcio deve cessar em dois ou três anos, quando não houver mais sais livres no material cimentício.